quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Chi Kung part.3

Todo o treinamento chi kung consiste em algumas fazes que devem ser executadas uma após outra, algumas escolas ensinam que o primeiro passo é a meditação, outras escolas ensinam que a meditação deve ser o último passo, ambos estão corretos. Basicamente existem dois tipos de meditação, a taoísta que pode ser feita em qualquer lugar independente de uma postura e a meditação budista com local e hora determinados, toda meditação tem por objetivo fazer com que a energia chi seja recolhida para o dan tien e somados a isso existem os requisitos auxiliares como, por exemplo: diminuir os batimentos cardíacos, entrar no estado alfa, estabilizar o conteúdo emocional, isso pode ser feito através de recursos mentais e atitudes corretas, se fizermos isso durante todo o dia estaremos acumulando energia mais do que gastamos e com isso aumentaremos nossa vitalidade.

O segundo passo para o desenvolvimento desta técnica é a expansão da energia, isso ocorre quando praticamos os katis ou tao lus, as escolas modernas desconsideram a utilidade de tais exercícios, alegam que esta forma de treinamento esta ultrapassada, pois não passa de uma coreografia ensaiada com defesas e ataques que não condizem com a realidade de um combate, este conceito esta errado, pois a verdadeira função dos katis é harmonizar a cinco forças interiores que provem dos cinco órgãos, cinco vísceras e cinco sentidos somados aos movimentos de braços e pernas. Quando executamos um kati devemos fazer a energia fluir do dan tien para as mãos conforme mostra a figura abaixo.


A energia que provem do dan tien promove também estabilidade aos movimentos das pernas, na figura abaixo podemos ver como a energia produz uma raiz que sai das pontas dos dedos e também do calcanhar, este fluxo energético circula em toda a perna por dentro e por fora obedecendo ao comando mental.


Quando golpeamos com a mão aberta o fluxo de energia forma uma bola bem no meio da palma, este ponto é chamado cavidade do dragão, fica entre o monte de marte e o monte de Vênus.

Durante os treinamentos dos katis a energia deve ser canalizada para várias partes do corpo como já foi dito anteriormente, na figura abaixo podemos ver como a energia pode ser desperdiçada se não fecharmos as mãos de forma correta, o dedo polegar deve se juntar aos outros dedos para que esta energia forme uma bola quando fecharmos as mãos.


Ao fazermos isso estamos fortalecendo o nosso braço, isso é conveniente para evitar torções.

Nessa figura estamos vendo o local exato onde a energia deve ser concentrada quando desferimos um soco, os socos podem ferir um adversário por dentro e por fora, mas devemos evitar socos contra a cabeça de nossos oponentes.

Os golpes desferidos com as palmas possuem um foco mais amplo e um raio de ação maior, na figura abaixo podemos ver ate onde esta energia pode ser projetada quando realizamos um golpe com a mão aberta, é dessa maneira que quebramos pilhas de tijolos.

Aqui podemos ver como a energia pode ser projetada para as pontas dos dedos, este golpe pode ser utilizado para atacar pontos de pressão e causar inclusive a morte instantânea de um oponente.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Outras lutas


KARATE:
No Japão existem muitas escolas de Karate que são declaradamente rivais umas das outras, são aproximadamente 37 estilos conhecidos, todos eles oriundos de famílias tradicionais, sabe-se porem que o nome Karate só foi instituído em 1910 quando Gichin Funakoshi aboliu o termo Okinawa-te que representava um método de alto-defesa criado a partir do Kung-fu Shorinji Su Kenpo que era praticado no sul da China.
Originalmente a palavra caratê era escrita com os ideogramas 空手 ("mãos vazias") se referindo à dinastia chinesa Tang ou, por extensão, a mão chinesa, refletindo a influência chinesa nesse estilo de luta.
O caratê é provavelmente uma mistura de uma arte de luta chinesa levada a Okinawa por mercadores e marinheiros da província de Fujian com uma arte própria de Okinawa, nesse período as armas eram proibidas em todo território japonês, somente os samurais tinham autorização para utilizar armas brancas como espadas, sabres, facas, nunchaku e etc. Os nativos de Okinawa chamam este estilo de Okinawa-te ("mão de Okinawa"). Os estilos de caratê de Okinawa mais antigos são o Shuri-te, o Naha-te e o Tomari-te, assim chamados de acordo com os nomes das três cidades em que eles foram criados.
Em [1820] Sokon Matsumura fundiu os três estilos e criou o estilo shorin (pronuncia japonesa para a palavra chinesa shaolin), que é também a pronúncia dos ideogramas 少林 ("pequeno" e "bosque"). O nome shorin foi dado posteriormente, por Choshin Chibana, ao estilo idealizado pelo mestre Mastumura. Entretanto os próprios estudantes de Matsumura criaram novos estilos adicionando ou subtraindo técnicas ao estilo original. Gichin Funakoshi, um estudante de um dos discípulos de Matsumura, chamado Anko Itosu, foi a pessoa que introduziu e popularizou o caratê nas ilhas principais do arquipélago japonês.
O caratê de Funakoshi teve origem na versão de Itosu do estilo shorin-ryu de Matsumura que é comumente chamado de shorei-ryu. Posteriormente o estilo de Funakoshi foi chamado por outros de shotokan por seu apelido shoto; o kanji kan (館) significa prédio ou construção, portanto shotokan significa "Prédio de Shoto". O estilo shotokan foi popularizado no Japão e introduzido nas escolas secundárias antes da Segunda Guerra Mundial.
Como muitas das artes marciais praticadas no Japão, o caratê fez a sua transição para o karate-do no início do século XX. O do em karatê-do significa caminho filosofico, palavra que é análoga ao familiar conceito de tao. Como foi adotado na moderna cultura japonesa, o caratê está imbuído de certos elementos do zen budismo, sendo que a prática do caratê algumas vezes é chamada de "zen (chan em chinês) em movimento". As aulas frequentemente começam e terminam com curtos períodos de meditação. Também a repetição de movimentos, como a executada no kata(forma ou kati em chinês), é consistente com a meditação zen pretendendo maximizar o autocontrole, a atenção, a força e velocidade, mesmo em condições adversas, aumento da concentração e transformação da energia ki em jing. A influência do zen nesta arte marcial depende muito da interpretação de cada instrutor.
A modernização e sistematização do caratê no Japão também incluíram a adoção do uniforme branco (quimono ou karategi) e de faixas coloridas indicadoras do estágio alcançado pelo aluno, ambos criados e popularizados por [Jigoro Kano], fundador do [judô]. Fotos de antigos praticantes de caratê de Okinawa mostram os mestres em roupas do dia-a-dia. Durante a Segunda Guerra mundial, o caratê tornou-se popular na Coréia do Sul sob os nomes tangsudo ou kongsudo quando a pratica do taekwondo foi proibida pelos japoneses apos sua invasão. No entanto o caratê nunca chegou a ser considerado uma arte marcial por não ser utilizado como ferramenta em guerras para conquista de territórios ou conflitos étnicos. Hoje em dia o caratê é praticado apenas como esporte por jovens de todo mundo, pois consiste um excelente método para introduzir a ordem e a disciplina em escolas, desde o nível primário ate o ensino superior. No Japão existem outras artes com filosofia parecida mas que utilizam métodos diferentes como, o Iaidô, o kendo, ninjutsu, aikido, sumô e etc.
Na China existe uma variedade maior de lutas que foram criadas ao longo de aproximadamente quatro mil anos, todas essas lutas atendem a necessidades dos lutadores que precisavam dominar vários estilos para se tornarem guerreiros, alguns estilos são voltados para a luta corpo a corpo com quedas e arremessos, outros estilos priorizam ataques a distancia utilizando armas curtas ou longas para eliminar seus adversários, outros estilos priorizam o uso de técnicas em campo aberto para vencer os adversários com armas de longo alcance como, lanças que podem ser arremessadas, arco e flechas, ou dardos venenosos, os estilos que não utilizam armas também são conhecidos como caratê chinês ou boxe chinês, tais estilos tem como ferramenta principal os ataques feitos com as mãos, pés, joelhos e cotovelos.

Todas essas artes marciais criadas na china recebem o nome de kung-fu ou kenpo(em japones), porém kung-fu é um termo generico que faz alusão a toda e qualquer atividade que pode ser aprimorada com o tempo, como tocar violão, dançar, andar de bicicleta, escrever e etc. O verdadeiro nome da arte marcial chinesa é wushu que significa arte de guerra, por ser um país comunista e por ter vivido mais de cinco mil anos em estado sítio a China conquistou vários territorios como, a Manchúria e o Tibet.
AIKIDO:

Aikido ou aiquidô (em japonês 合気道, transl. aikidō), é uma arte marcial criada no Japão na década de 40 pelo mestre Morihei Ueshiba (1883-1969), a quem os praticantes desta arte respeitosamente chamam Ô-Sensei ("grande mestre") ou fundador (a expressão sensei quer dizer aquele que sabe). Ueshiba concebeu o aikido a partir da sua experiência com dezenas de artes marciais, sendo as principais o daito-ryu aikijujutsu, com sensei Sokaku Takeda, o kenjutsu (técnica da espada) e o jojutsu (técnica do bastão curto), sendo outro de seus mestres Onisaburo Deguchi, líder da seita Oomoto-kyo, no Japão. Seus sucessores principais no Aikido foram Kishomaru Ueshiba (1921 - 1999) e Moriteru Ueshiba (1951)
O termo aikido é composto por três caracteres kanji:
• Ai : harmonia 合
• Ki : energia 気
• Dô : caminho 道
Em tradução livre, "caminho da harmonização das energias".
O termo dô pode ser achado no judô ou no kendo, ou na arte da caligrafia (shodō) ou do arranjo de flores (kadô). O termo aiki refere-se ao princípio da luta de absorver o movimento dos atacantes para controlar suas ações com o mínimo esforço. Inspira-se no tao ou o todo ou o caminho, não se admitindo competição e onde o treino procura desenvolver sentimentos de fraternidade e cooperação. Baseia-se em movimentos fluidos e circulares. Além das técnicas de mãos vazias, os treinos também podem incluir armas: bokken ou bokutô (espada de madeira), jô (bastão curto) e tanken ou tantô (faca de madeira).
• No combate o aikido tem por costume nunca recuar.
• Se o adversário puxa o aikidoca, este o empurra e logo o gira.
• Se o adversário avança, o aikidoca o gira e tão logo o puxa.
• Especializa-se em torções dos membros superiores, bem como mãos e dedos, além de desequilíbrios.

Na sua teoria espiritual, parte fundamental da luta, o Aikido busca a harmonia dos seres com uma energia universal chamada Ki, comum às práticas zen e à ioga. Este termo não tem uma tradução estrita para o português, podendo denotar diversos conceitos: respiração, sopro vital, espírito, energia ou intenção (nas imagens quem está aplicando a técnica é denominado tori ou nage e quem sofre a aplicação é chamado uke). Os conceitos filosóficos e marciais do Aikido tem origem no antigo templo Shaolin, os mestres organizaram cinco sistemas básicos de movimentação para que o lutador possa se orientar durante uma luta corporal, cada um deles faz referencia aos cinco elementos ou cinco movimentos chineses:
Terra - está relacionado com a pura vontade de não se mover, sua representação é um quadrado, quem domina esse elemento consegue ficar imóvel e resistir a pressões externas, este elemento pode ser sintonizado quando o lutador volta os dedos dos pés em direção ao solo e em seguida abaixa seu centro de gravidade (Dan Tien ou Hara).
Água - este elemento está relacionado a à fluidez dos movimentos, principalmente os movimentos para baixo e a capacidade de passar energia através do contato com o oponente, sua representação é um triangulo eqüilátero.
Fogo – este elemento está relacionado a expansividade, sua força esta localizada entre o umbigo e o plexo solar, sua representação é um triangulo eqüilátero com o apsi voltado para baixo e sua manifestação é semelhante ao fogo produzido pela madeira, este elemento também está relacionado com o coração, fonte da vontade de cada individuo, o calor manifesto e utilizado em muitas manobras marciais provém do triplo aquecedor, meridiano que tem origem na ponta do dedo médio.
Madeira – este elemento esta relacionado aos movimentos retilíneos, sua representação é uma figura oval, sua manifestação confere força física ao individuo, o elemento madeira representa também a figura humana e a sua harmonia com a natureza, a força deste elemento está localizada no plexo solar ou seja no osso esterno.
Metal – este elemento esta ligado aos movimentos circulares, pois sua intensidade é capaz de gerar uma energia chamada gong que é utilizada para desviar ataques retilíneos, este elemento esta relacionado também ao lugar onde estamos, por exemplo; ao realizarmos uma forma (kata, kati ou tao lu) devemos retornar ao lugar de onde saímos, quando fazemos isso reiniciamos um ciclo perfeito que não tem fim. A representação deste elemento é um circulo que na Índia está ligado ao infinito ou eterno, por esta razão o éter é o nome dado ao metal na Índia, em outra tabela chinesa este elemento também é chamado de ar.
Morihei Ueshiba teve vários alunos de onde surgiram outros clãs com idéias semelhantes e com uma base sólida de sua filosofia, com isso algumas escolas priorizam a harmonização de apenas três elementos, isso significa que os alunos devem aprender um sistema de cada vez para se tornarem completos em sua arte, no kung-fu esse é o requisito principal para que o aluno ou praticante se torne um mestre.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Chi Kung part.2


Chi kung é um trabalho semelhante ao da alto-hipnose, nesse processo o praticante deve aprender a trazer toda sua força interior, ou seja, desbloquear sua força mental para que o corpo adquira dureza (catalepsia), isto leva algum tempo até que essa capacidade seja adquirida, sua principal ferramenta é a respiração, pois os chineses descobriram que através de praticas respiratórias podemos liberar a nossa energia mental de modo satisfatório, além disso, existem outros fatores que precisam ser levados em conta durante o treinamento, o praticante deve sentir conforto físico e mental, é por isso que os mestres criaram uma filosofia de vida que garanta ao praticante o mínimo de strees possível, o praticante de chi kung deve evitar ambientes tumultuados, alimentos impróprios ou perder a sua clareza mental para que a técnica funcione corretamente.
Durante o processo de treinamento o praticante deve primar pela sua condição mental, existem praticas respiratórias utilizadas para aumentar a nossa energia mental conhecida pelos chineses como jing, a respiração budista constituem a base para este treinamento, pois ao relaxarmos o baixo ventre permitimos que os órgãos internos se encham de sangue com isso eles são melhor irrigados, trabalham melhor, porém quando estamos streesados os nossos órgãos trabalham sobe pressão e isso diminui a nossa vitalidade, diminui nossa capacidade de concentração. Algumas escolas ensinam que a pratica do chi kung é o ponto mais importante para o desenvolvimento de suas técnicas, entre elas as mais famosas são, o tai chi chuan, pa kua e o i-ching, porém esta pratica esta contida em todas as outras escolas em maior ou em menor dimensão, mas esse processo não é revelado na sua totalidade para alunos iniciantes ou para estranhos, desta forma são evitados transtornos causados por charlatões. Em nossa escola o processo de treinamento chi kung é feito desde a primeira aula, contudo os alunos nunca sabem claramente o que estão treinando, mas o segredo é acreditar naquilo que estamos fazendo, coisa difícil de se encontrar hoje em dia porque a maioria das pessoas querem sentir a adrenalina correndo em suas veias, tais pessoas não sabem que para que a adrenalina seja melhor aproveitada devemos senti-la o quanto menos possível é como sexo, quanto menos praticado mais prazeroso se torna.

Alguns treinamentos especiais requerem uma dieta livre de açúcar e de sal, as frutas são assadas no fogo, e todos os vegetais são comidos crus, entre eles raízes e verduras, para os ocidentais isso é inconcebível, pois estão acostumados a comer muito, beber ate se embriagarem ou participar de competições esportivas e jogos de azar pelo prazer da emoção, tais coisas desenvolvem um bloqueio mental, ficamos incapacitados de utilizar plenamente a nossa energia mental, nesta hora se olharmos para uma pilha de telhas e mentalizarmos que a estamos quebrando quebraremos nossa mão, porque nossa mente esta perturbada e sua força esta retida num ponto que os chineses chamam de lago celestial que fica logo acima do palato duro, para quebrar esse processo devemos recolhe a energia que esta nesse ponto e leva-la de novamente para o dan tiem completando a pequena circulação, mas isso só será possível se controlarmos a nossa respiração.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cultura chinesa


Muita gente pensa que pode treinar Kung-fu sem aprender o que é a cultura chinesa, para essas pessoas o kung-fu é algo que se treina dentro de uma sala fechada e depois podemos ir embora deixando tudo trancado nessa sala, para aprender kung-fu devemos ter a consciência de que os nossos costumes também devem mudar, devemos abandonar tudo aquilo que a cultura chinesa condena como, por exemplo; noitadas, bebedices, jogatinas, brigas na rua, glutonaria, e etc. Pois o kung-fu não foi desenvolvido por um único mestre e para que ele pudesse se tornar o que é hoje foram necessários milhares de anos de dedicação e estudos sobre o comportamento humano associado à medicina chinesa.

Para os chineses uma festa não tem sentido a não ser que tenhamos um motivo para que ela seja feita, geralmente as festas chinesas ocorrem ao final de uma colheita ou para celebrar uma data importante ao passo que o ocidental faz festas tentando ganhar dinheiro vendendo bebidas, comida, e diversão. Já perdi muitos alunos por causa da tradição chinesa, muitos deles não queriam meditar todos os dias pela manhã, parar de beber ou fumar e também não podiam treinar aos domingos porque já tinham sua própria tradição, eles não queriam abrir mão de seus costumes errados para aprender o kung-fu, muitos deles entendiam que o domingo só serve para ficar junto da família, almoçar, namorar. Outros alunos já tinham a sua própria concepção de que o verdadeiro kung-fu é o que vemos no cinema e na televisão, se um aluno chega na academia com dor de cabeça eu digo a ele:
- Vamos fazer uma aplicação de digito-acupunturu!
Mas ele prefere tomar o comprimido vendido na farmácia, já outros alunos chegam na academia e querem me ensinar kung-fu, dizem que o que eu ensino não é kung-fu, então eu pergunto:
- Será que eu inventei a energia chi?
- Será que eu inventei as posturas do cavaleiro, do arqueiro e do gato?
- Será que eu inventei a técnica do corpo de ferro?
- Será que eu inventei as técnicas de enraizar e os golpes com as mãos e pés?
Tem sido muito difícil ensinar o que é kung-fu num país onde as pessoas vivem dizendo que meditação é coisa diabólica, para essas pessoas não importa o que você faça, se você não for da mesma religião que elas você está errado. Muita gente confunde kung-fu com karate ou judô, eles não sabem a diferença entre as disciplinas, pensam que todas as lutas só servem para bater em outras pessoas. O kung-fu que eu conheço tem como fundamento uma sólida disciplina, devemos fazer o que o mestre mandar sem questionar e nem duvidar, para aprender isso devemos treinar nossas mentes e nossos corpos, parar de dar ouvidos aos amigos da escola, aos vizinhos e aos parentes mais próximos porque eles sempre vão falar que kung-fu é coisa de doido, que não funciona, que tudo isso é ilusão, que kung-fu perde pro jiu-jitsu, que não existe kung-fu contra armas de fogo ou que quem pratica kung-fu fica velho depressa.
Eu ensino kung-fu do jeito que deve ser ensinado, não importa se a academia está cheia ou tem apenas um aluno, não vou mudar meu jeito de ensinar para agradar a pessoas que nem sequer sabem o que é kung-fu.